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24/04/2019

Estudantes do Paraná criam projeto para incentivar doação de medula óssea

Assessoria de Comunicação/Seed

Aproximar a escola da comunidade e, de quebra, ajudar a salvar vidas. Esse é o objetivo do projeto Doe Vida! Doe Medula, desenvolvido por alunos e docentes do Colégio Estadual Alcides Munhoz, em Imbituva (PR). O trabalho teve início em 2014, quando estudantes da instituição decidiram se organizar em prol de uma criança da região que precisava de um transplante do tecido. A iniciativa, porém, tomou uma proporção muito maior.

Coordenadora do projeto e professora de Português e Inglês no Alcides Munhoz, Glauciane Opata de Camargo explica que a ideia inicial era somente encontrar um doador compatível com um menino de 10 anos que enfrentava uma leucemia linfoide aguda. Como o Instituto Nacional de Câncer (Inca) exige que os doadores de medula óssea tenham entre 18 e 55 anos, os alunos foram desafiados a encontrar possíveis doadores em casa, pois a maioria dos estudantes tem entre 10 e 14 anos.

O garotinho que motivou o projeto acabou encontrando um doador fora do Brasil, mas as crianças e adolescentes da escola perceberam que outras pessoas poderiam ser impactadas. Por meio de campanhas realizadas nas ruas da cidade e em rádios locais, com explicações sobre o procedimento, os jovens têm conseguido sensibilizar mais moradores da cidade para que se cadastrem como doadores de medula óssea.

“Nós descobrimos que não era por falta de vontade que as pessoas não doavam, mas porque havia muitos mitos e dúvidas que assustavam”, conta Glauciane, que estima que com as campanhas e explicações dos estudantes o projeto já conseguiu mobilizar mais de mil potenciais doadores.

O PROJETO – O Doe Vida! Doe Medula funciona da seguinte forma: nas ruas e em casa, os estudantes vão em busca de adultos dispostos a preencher o cadastro de doador. Os voluntários também precisam realizar o Exame de Histocompatibilidade (HLA), que por meio da coleta de sangue analisa as características das células do doador. O exame é agendado e os futuros doadores são levados a postos de coleta em Curitiba, Ponta Grossa e Irati, com o apoio do Poder Público de Imbituva, já que o exame não é realizado na cidade.

Recentemente, entretanto, funcionários do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (HEMEPAR) estiveram no município dos Campos Gerais e, em apenas um dia de campanha, realizaram 106 coletas. Se for encontrado um paciente compatível, o doador será avisado.

Segundo Glauciane, em maio o projeto vai ser apresentado no Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa, a fim de divulgar a ideia para outras escolas e, quem sabe, inspirá-las. Para a professora, a iniciativa leva os alunos a enxergar as dificuldades do outro e perceber que não é nada difícil fazer o bem.

Em 2016, o projeto foi finalista do Prêmio Escola Voluntária, promovido pela Fundação Itaú Social e pela Rádio Bandeirantes. Na mesma edição, Glauciane recebeu o título de educadora destaque. “Em um mundo tão violento, formar adolescentes preocupados com o outro não tem preço”, avalia a educadora.

Esta notícia foi publicada no site www.educacao.pr.gov.br em 24/04/2019. Todas as informações nela contidas são de responsabilidade dos autores.
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